SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Acusada de sequestrar uma criança, a personagem Brisa vai sofrer bastante em "Travessia", trama escrita por Gloria Perez. Ela, porém, fará jus às mocinhas criadas pela autora, que de frágeis não costumam ter nada. É isso o que diz a intérprete Lucy Alves, que na nova trama das 21h da Globo vai encarar sua primeira grande protagonista.
"Brisa é resiliente e tem uma força descomunal. Os obstáculos farão com que ela sofra, mas enxugue as lágrimas e se torne uma rocha inabalável. Aliás, as mulheres protagonistas da Gloria são danadas, enfrentam as situações com altivez e não são bobas", opina a atriz.
A acusação infundada partirá de uma deepfake (falsidade profunda, em inglês), um conteúdo inventado por meio de inteligência artificial. Alguém editará uma foto em que pareça que é Brisa quem rouba um bebê, e é a partir dessa história que Gloria abrirá margem às reflexões para a disseminação das fake news e para os demais crimes cibernéticos.
"Mostraremos como velhas modalidades de crimes se renovaram justamente com a ajuda da internet e os desdobramentos disso. Hoje em dia com as tecnologias uma fofoca tem proporção no mundo, um alcance enorme", comenta Gloria. Essa rapidez da modernidade vai contrastar com a maneira lenta e orgânica de como tudo ocorre no Maranhão, local pacato, colorido e cheio de belezas escolhido para ser cenário de "Travessia".
PRESSÃO EM SUBSTITUIR 'PANTANAL'
Com uma média superior a 30 pontos, "Pantanal" chegará ao fim em outubro e deixará como missão para "Travessia" manter os bons índices. Para Gloria, ter como antecessora uma novela que elevou o patamar do horário pode ser um desafio, mas não é amedrontador.
"É tudo o que a gente quer. Tomara que dê mais audiência até o último capítulo", afirma ela ao concordar que resgatar o público é muito mais difícil do que mantê-lo. Gloria afirma que sua novela será escrita no momento em que as cenas estiverem indo ao ar e que, assim, sempre ficará de olho no que os telespectadores estão achando e querendo para ir adaptando ao jeito de contar a história.
"Se as pessoas não entenderem, o erro será meu e terei de contar de forma diferente. Escuto muita gente nas ruas e vamos prestando atenção nas redes, usando os filtros certos. Povo gosta de ser surpreendido com desfechos que não estavam no imaginário", finaliza a autora.
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