SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A presença de um dos sócios da produtora de vídeos conservadora Brasil Paralelo no evento promovido pelo grupo Esfera Brasil com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite de terça-feira (27), gerou críticas entre influenciadores bolsonaristas.
Fundador da empresa, que vem registrando crescimento meteórico nos últimos anos com produções de viés direitista, Henrique Viana foi um dos cerca de 100 participantes do jantar com Lula, que reuniu em sua maioria empresários.
Tão logo a notícia veio à tona, ele foi atacado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Um dos mais contundentes foi o cineasta Josias Teófilo, autor de filmes sobre o falecido filósofo Olavo de Carvalho, que foi às redes sociais para desautorizar que imagens de suas produções sejam utilizadas em documentários da Brasil Paralelo.
"Comunico que desautorizo o uso de qualquer material audiovisual de minha autoria à empresa Brasil Paralelo depois de tomar conhecimento do jantar que o CEO da empresa, Henrique Viana, participou junto com Lula ?o que é sim um sinal de apoio e aproximação a essa altura da eleição", afirmou.
Outro olavista, Silvio Grimaldo, do site Brasil Sem Medo, também condenou a ida de Viana ao evento, embora num tom abaixo. "Os donos da BP participarem de um evento de empresários com o Lula foi um erro. Mas um erro não é uma sacanagem", ressalvou.
Em nota e depois numa live, os sócios da produtora afirmaram que a participação no jantar não significou apoio a Lula, ou uma tentativa de aproximação. "Sempre que é convidada, a Brasil Paralelo participa de eventos que contam com autoridades dos Três Poderes e candidatos a cargos públicos".
De uma pequena empresa gaúcha nascida na década passada, a Brasil Paralelo se tornou uma das maiores produtoras de conteúdo de direita no país, com mais de 375 mil assinantes.
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