RIO DE JANEIRO, SP (FOLHAPRESS) - Estreante na função de diretor, Johnny Massaro estava suando em bicas no tapete vermelho do Festival do Rio, no Cine Odeon, no centro da cidade. Além do clima bem abafado na noite desta quinta-feira (6), ele estava tenso pela estreia de seu primeiro longa, "A Cozinha". Enquanto usava a manga da camisa para limpar o suor do rosto, o ator deixava à mostra uma tatuagem no pulso onde se lia: CALMA.

"É o que tento sentir neste momento, mas está difícil ", assumiu Massaro, não só pela sua produção, mas também pelo segundo turno das eleições presidenciais, daqui a pouco mais de três semanas. "Não posso ser leviano em dizer que não existem componentes de desespero e angústia por tudo que nós estamos vivendo. Mas faz parte do artista manter uma postura de coragem e esperança. Isso tudo tem a ver com manter a calma", explicou Johnny.

O ator também falou sobre a polarização entre os dois candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas eleições à presidência da República. "Acho que essa sensação de torcida, de rivalidade não leva a lugar nenhum. Não existe essa de quem ganha ou quem perde. Temos que pensar coletivamente em como todos podemos ganhar e evoluir", observou.

Ele também explicou que "A Cozinha" é o primeiro projeto artístico de um grupo de atores, que pesquisa sobre dramaturgia proposta para espaços (ou cômodos) que já existem. '"A Cozinha" é totalmente produzido por mim e pelo Felipe Haiut. Queremos muito que 'A Garagem' seja nosso segundo momento", completou Massaro.


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