RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - É uma tradição: Nas cinco vezes em que foi campeã mundial, a seleção brasileira visitou o presidente da República em Brasília logo após a conquista. De Juscelino Kubitscheck, em 1958, a Fernando Henrique Cardoso, em 2002, passando por João Goulart, em 1962, Emilio Garrastazu Médici, em 1970, e Itamar Franco, em 1994, sempre foi assim. Mas desta vez será diferente.
A CBF decidiu que, mesmo se ganhar a Copa do Mundo do Qatar, comissão técnica e jogadores não farão escala na capital do país para celebrar com o presidente - e isso vale para qualquer que seja o resultado do segundo turno das eleições: dando Lula ou Bolsonaro, não vai rolar beija-mão.
São, basicamente, dois os motivos que levaram a entidade a optar por não fazer festinha em Brasília em caso de conquista do caneco: a posição de neutralidade pregada pelo presidente Ednaldo Rodrigues e pelo técnico Tite, e também por causa do 'timing' desfavorável.
Desde 1994, a competição esportiva e a disputa eleitoral caem sempre nos mesmos anos. A Copa costuma ser disputada nos meses de junho e julho, e as eleições ocorrem em outubro. Só que desta vez, por causa do calor no verão do Qatar, a Fifa decidiu marcar o início da competição após o fim da estação. Ela acontecerá em novembro, quando as temperaturas são mais baixas no país.
O Brasil saberá o resultado das urnas na noite do dia 30 de outubro e a final da Copa do Mundo está marcada para 18 de dezembro, duas semanas antes do término do mandato do atual presidente. São duas as hipóteses no cenário político para este período: Bolsonaro reeleito, preparando-se para mais quatro anos no poder, ou em fase de transição, prestes a passar a faixa para Lula.
Nenhuma das duas pareceu interessante o suficiente para que a CBF deixasse a neutralidade de lado. Daí a opção por riscar Brasília do mapa caso a seleção conquiste o hexa no Qatar.
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