SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O artista britânico Damien Hirst decidiu queimar centenas de suas obras nesta terça-feira (11), após colecionadores optarem por ficar com as versões em tokens não fungíveis, os NFTs, ativos baseados em blockchain que representam suas imagens digitais.

As obras fazem parte da coleção "The Currency", de 2021, a primeira da carreira de Hirst que ele criou em formato NFT. São 10 mil arquivos digitais correspondentes a 10 mil obras compostas por pontos coloridos.

Os colecionadores tiveram de escolher entre manter a versão em NFT, que teria sido vendida por 2 mil libras esterlinas (mais de R$ 11 mil), e a versão física da obra. De acordo com a Newport Street Gallery de Londres, a maioria optou pelas obras em si, mas 4.851 pessoas preferiram manter os NFTs -o que levará à destruição dos originais. No caso das pessoas que optaram por manter a versão física, os NFTs é que serão destruídos.

As obras físicas foram criadas em 2016 com tinta esmaltada sobre papel artesanal. Cada uma delas foi numerada, nominada, carimbada e assinada.

O artista, que é vencedor do Turner Prize, e seus assistentes fizeram uma transmissão ao vivo nesta terça-feira, em que mostravam a destruição de algumas das obras físicas. Todas serão queimadas até o fim da exibição da coleção "The Currency", no dia 30 de outubro.

"Muita gente acha que estou queimando milhões de dólares em arte, mas não estou. Eu estou completando a transformação dessas obras de arte físicas em NFTs, queimando as versões físicas", disse o artista no Instagram nesta segunda-feira (10). Ainda segundo ele, o valor das obras originais não se perde, é transferido para as versões digitais.


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