SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A pintura "New York City 1", do pintor holandês abstrato Piet Mondrian está há mais de 75 anos sendo exibida da forma errada, descobriu a curadora e historiadora de arte Susanne Meyer-Büser, que preparava uma mostra sobre o artista de vanguarda.
Feita com adesivos vermelhos, amarelos, pretos e azuis, a tela foi exibida pela primeira vez no Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, em 1945, e atualmente está em um museu de arte em Düsseldorf, na Alemanha, desde 1980.
Da forma como está, as linhas cruzadas preenchem com amarelo e azul a região inferior do quadro, mas, segundo Meyer-Büser, esse preenchimento deveria ficar no topo, já que fariam referência a um céu escuro. "Assim que indiquei para os outros curadores, percebemos que era muito óbvio", disse ela ao jornal The Guardian.
Apesar disso, tentar consertar a obra agora é perigoso. "As fitas adesivas já estão extremamente soltas", disse Meyer-Büser. "Se você virasse a pintura de cabeça para baixo agora, a gravidade a puxaria para outra direção", o que poderia danificar a tela.
Outro indicativo de que a obra estaria disposta de forma errada é que ela é derivada de uma tela homônima e com o mesmo tamanho, mas feita a óleo. Nesta pintura, em exibição em Paris, o artista põe essa região mais preenchida na região superior do quadro.
Uma foto de Mondrian, tirada no seu estúdio poucos dias antes de sua morte, também mostra o quadro na posição que seria correta. Entretanto, agora não é possível dizer de quem foi a culpa para que o quadro fosse exibido em diversos outros museus nessa mesma posição errada.
Sem a assinatura do autor, que poderia indicar a rotação, a obra é considerada inacabada.
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