SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O cantor Caetano Veloso, 80, lamentou a morte da amiga e parceira musical Gal Costa, durante entrevista ao Estúdio i (Globonews), nesta quarta-feira (9). Compadre da cantora, que era madrinha de seu filho Moreno Veloso, ele falou da amizade e do talento de Gal.

Caetano relembrou do primeiro encontro com a cantora quando ela tinha 18 anos. Ele contou que foi apresentado a ela por uma professora de dança e que Gal tocou violão e cantou. Após ouvir a artista, ele parecia prever o futuro: "você é a maior cantora do Brasil".

O cantor não conseguiu segurar o choro ao falar da canção "Minha Voz, Minha Vida" (1997) que compôs para a amiga. "Minha voz, minha vida/ Meu segredo e minha revelação/ Minha luz escondida/ Minha bússola e minha desorientação", recitou um trecho da música chorando, que foi compartilhado por Paula Lavigne no Instagram.

O cantor afirmou que Gal era "doce e bárbara naturalmente" -uma referência ao grupo Doces Bárbaros que eles formaram com Maria Bethânia e Gilberto Gil, em 1976. "Ela era permanentemente doce. Não era bárbara no sentido de brava", disse.

Caetano revelou ainda que o que achava mais bárbaro em Gal era uma espécie de teimosia preguiçosa e curiosa que a amiga tinha. "Ela não tinha agressividade, tinha uma coisa que precisava manter parada e isso é bárbaro em Gal."


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