SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Juliana Lacerda, a viúva de Guilherme de Pádua, vem recebendo ameaças desde a morte do marido, no último dia 6 de novembro. Pádua foi condenado pelo assassinato de Daniella Perez, de 22 anos, filha da dramaturga Gloria Perez, em 1992.
A reportagem apurou detalhes das ligações telefônicas e, também, por que a viúva deixou as redes sociais.
De acordo com uma das fontes, que preferiu não se identificar por conta da proximidade com Juliana, o teor das chamadas passa por ameaças claras de morte, piadas sobre o marido e comemorações pela morte de Pádua.
"Ela tem recebido ataques. Inclusive, agora, tem gente que liga para ela a ameaçando de morte. Pessoas ameaçando de morte gravemente. São ameaças explícitas. Ela saiu das redes sociais, mas as pessoas descobrem o telefone. Só a delegacia para descobrir e fazer alguma coisa", disse.
A família de Juliana pretende registrar um boletim de ocorrência nos próximos dias e garante que "vai tomar todas as medidas cabíveis" contra os responsáveis pelas ligações.
Segundo a fonte, além dos ataques, ela também teria deixado a internet após pedido da família de Guilherme.
"Ela saiu das redes sociais por conta das ameaças e para preservar a imagem dele, a pedido da família. Para evitar que as pessoas continuassem falando dele, debochando da morte, de gente falando que estava feliz com a morte", explicou.
Juliana Lacerda publicou um vídeo insinuando que Daniella Perez teria sido amante de Pádua, horas após o enterro do marido. A história, no entanto, nunca foi confirmada pelos fatos que compõem o julgamento do ex-ator, condenado pela morte da filha de Gloria Perez.
As imagens provocaram críticas nas redes sociais. Barbara Ferrante, prima de Daniella, chegou a fazer uma publicação rebatendo a viúva.
"Não, Juliana! O seu marido nunca teve um caso com a minha prima. O seu marido pegou a minha prima e emboscou ela, deu um soco na cara dela, que quebrou o maxilar, pegou ela desmaiada e jogou em um carro. Ele sabe exatamente o que ele ia fazer. Tem 500 testemunhas", disse.
Daniella Perez foi assassinada a punhaladas no dia 28 de dezembro de 1992 pelo então ator Guilherme de Pádua e a cúmplice, Paula Thomaz, que, à época, estava grávida. Daniella tinha 22 anos quando o crime aconteceu.
Inicialmente, Pádua negava a autoria do assassinato. Entretanto, após a apresentação de provas, ele admitiu a culpa. A polícia também entendeu que Paula estava envolvida. No dia 31 do mesmo mês, a prisão dos dois foi decretada.
O julgamento só aconteceu cinco anos depois e os dois foram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima. À época, Pádua foi condenado a 19 anos de prisão, e Paula a 18 anos e seis meses.
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