RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Há duas certezas até agora em relação ao Brasil na Copa do Mundo: 1) A seleção já está classificada para as oitavas de final; 2) Ao contrário de outros países, os jogadores não irão fazer nenhum tipo de protesto contra o racismo ou qualquer forma de discriminação ao longo da competição.
Em imagens que correram o mundo e viralizaram nas redes, os atletas do Irã ficaram em silêncio durante a execução do hino na estreia da Copa (no jogo seguinte, ameaçados de morte pelo governo do país, até cantaram, mas sem o menor entusiasmo).
A foto oficial da Alemanha, também na primeira partida do Mundial, mostrou toda a equipe titular tapando a boca, uma forma de denunciar a censura da Fifa à braçadeira com as cores do arco-íris. Em gesto contra o racismo, os jogadores da Inglaterra se ajoelharam em campo antes de seus dois primeiro jogos.
E o Brasil, nada. A seleção brasileira não manifestou o desejo de fazer qualquer protesto nesta primeira fase de competição, e nem o fará até o final. Não existe essa possibilidade. "Estamos aqui para jogar uma copa do mundo", enfatiza Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
"Nosso posicionamento é muito firme fora de campo, com respeito à diversidade e combate à discriminação", continua Rodrigues. Ele dá como exemplo da materialização de seu discurso a ação da CBF na Parada Gay do Rio de Janeiro, neste domingo (27).
A entidade foi uma das patrocinadoras do evento: entrou com R$ 150 mil e mandou confeccionar uma réplica gigante do uniforme do Brasil, adornada com a braçadeira nas cores do arco-íris. Sim, aquela que o capitão da Alemanha (e de outras seleções) queriam usar em seus jogos mas foram impedidos pela Fifa de fazê-lo.
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