SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Este é um relato em primeira mão da história de Harry e Meghan com imagens inéditas do seu arquivo pessoal". É com esse aviso que começa a série documental "Harry & Meghan", cujos três primeiros episódios foram disponibilizados nesta quinta-feira (8) pela Netflix.

Logo no começo, a mulher do príncipe britânico é questionada sobre o motivo de ter querido participar do projeto. "Não vou dizer que é confortável, mas quando se sente que as pessoas não tem noção de quem você é por tanto tempo, é muito bom poder ter a oportunidade de deixar as pessoas verem um pouco mais do que aconteceu e também de quem somos", afirma.

O primeiro episódio é centrado em como o casal se conheceu. O príncipe conta que estava usando o aplicativo Snapchat quando viu uma foto da então atriz com um filtro com orelhas e focinho de cachorro. "Quem é essa?", diz ter pensado.

Após flertarem por meio das redes sociais, os dois trocaram telefones. Eles só se conheceriam pessoalmente em 2016, quando Meghan voou para Londres para acompanhar o torneio de tênis de Wimbledon.

Harry compara a mulher a sua mãe, a princesa Diana. "Muito do que a Meghan é e de como ela se comporta é similar à minha mãe", avalia. Ela tem a mesma compaixão, a mesma empatia, a mesma confiança. Ela tem essa doçura nela."

O segundo episódio trata de quando Harry e Meghan assumiram publicamente o namoro, o que fez com que a vida dela fosse mudada radicalmente com o assédio constante dos tabloides britânicos. "A verdade é que não importa o quanto eu tentasse, o quão boa eu fosse, o que quer que eu fizesse, eles ainda iriam encontrar um jeito de me destruir", diz ela.

Também é abordada a relação de Meghan com o resto da família real. O príncipe revela que sua família ficou "bastante impressionada" quando conheceu Meghan, mas que alguns membros da realeza a prejulgaram por ter um "viés inconsciente". "O fato de eu estar namorando uma atriz americana foi provavelmente o que nublou mais o julgamento deles que qualquer outra coisa no começo", lembra.

Harry diz que parte da família achava que o que a mulher dele estava passando não tinha nada demais. "Alguns membros da família eram como minha esposa, tiveram que passar por isso, então 'por que sua namorada deveria ser tratada de maneira diferente?', 'por que você deveria receber tratamento especial?', 'por que ela deveria ser protegida?'", conta. "Eu disse que a diferença aqui é o elemento raça."

Quem também chama a atenção para esse fator é a mãe de Meghan, Doria Ragland. Para ela, o fato de sua filha ter origem multirracial explica o tratamento dado a ela pela imprensa sensacionalista britânica. "Eu lembro muito claramente de dizer para ela: 'Isso é sobre raça'. Você pode não querer ouvir isso, mas é o que está parecendo", conta.

O terceiro episódio mostra, entre outras coisas, as relações da agora duquesa de Sussex com familiares de quem se distanciou, incluindo o pai, Thomas, e a meia-irmã, Samantha. Meghan diz acreditar que o pai estava vendendo informações para os tabloides quando o casamento com Harry estava se aproximando.

Ela diz que tentou ligar para ele, que não atendeu. Depois, ela conta que recebeu mensagens de texto do número dele, usando um jeito de falar que a deixou desconfiada. "Ele me chamou de Meghan. Ele nunca me chamou assim na vida", conta."

Os três últimos episódios da série documental serão lançados na próxima quinta-feira (15). Os novos episódios devem trazer novas revelações sobre a vida do casal.


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