SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Americanas tem atualmente uma dívida de mais de R$ 85 milhões com pelo menos 76 editoras brasileiras. É o que indica o documento com a lista de credores da empresa, entregue na quarta (25) à 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

A dívida com grupos editoriais como a Companhia das Letras e a Record chegam a R$ 7,2 milhões e R$ 6,8 milhões, respectivamente, e o maior credor da área é a Somos Educação, com R$ 14,2 milhões. Editoras como a Intrínseca, com R$ 5,9 milhões a serem pagos, Sextante e Panini, cada uma com R$ 5 milhões, também devem ser impactadas.

A Lojas Americanas deve ainda para outras 18 editoras R$ 1 milhão em créditos, e a conta atinge ainda outros setores do mercado editorial -incluindo redes distribuidoras.

Os valores integram o valor de R$ 41 bilhões estimado na lista, que tem como maiores credores bancos como a Deustsche Bank e o Bradesco. Na área de serviços e produtos, o maior credor é a Samsung, ao qual a Americanas deve R$ 1,2 bilhão.

Para efeitos de comparação, o pedido de recuperação judicial entregue pela Saraiva em 2018 envolvia uma dívida de R$ 675 milhões, em sua maioria formado com o setor editorial.

Enquanto as informações em torno do rombo nas contas devem continuar a ser atualizadas nos próximos dias, a questão com as editoras no caso deve ser debatida em reunião no Sindicato Nacional dos Editores de Livros, a SNEL, no próximo dia 8 de fevereiro.


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