SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos de Angoulême terminou neste domingo (29). O Grande Prêmio do festival foi entregue a Riad Sattouf, quadrinista francês de origem síria mais conhecido por "O Árabe do Futuro".
Esse prêmio funciona de forma similar ao Nobel de Literatura e o Prêmio Camões ao reconhecer os autores pelo conjunto da obra.
Sattouf é um dos poucos autores que ganharam o Fauve d'Or, prêmio de melhor álbum do evento, mais que uma vez. Seu quadrinho "O Árabe do Futuro", publicado no Brasil pela Intrínseca, é uma obra autobiográfica e acompanha os conflitos do Oriente Médio e a trajetória de sua família.
O quadrinista Martin Panchaud ganhou o prêmio de melhor álbum do ano por "La couleur des choses" ("A Cor das Coisas", em tradução livre). A obra, que não tem previsão de chegar no Brasil, inova visualmente ao representar os personagens como círculos coloridos, em uma arte que faz referência à computação gráfica.
A edição anterior tinha premiado o brasileiro Marcelo Quintanilha na categoria pelo quadrinho "Escuta, Formosa Márcia". Neste ano, nenhum quadrinho brasileiro concorria a melhor álbum do ano.
Cinco quadrinhos brasileiros concorriam a melhor quadrinho alternativo ao lado de outras 35 obras -o país foi o segundo com mais obras na categoria, atrás apenas da Índia. O vencedor, no entanto, foi o catalão Alex Purcet Grelori por "Forn de Calç" ("Fogo de Chão", em tradução livre).
O mangaká Hajime Isayama, criador de "Ataque dos Titãs", ganhou um prêmio especial da edição de 50 anos do evento. Os também japoneses Ryoichi Ikegami e Junji Ito receberam prêmios de honra.
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