SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dan Reed, diretor de "Leaving Neverland" ("deixando a terra do nunca", em tradução livre), que acusa Micahel Jackson de pedofilia, escreveu para o jornal britânico The Guardian neste domingo (5) condenando a cinebiografia do cantor que será produzida por Graham King, responsável por retratar a trajetória de Freddie Mercury em "Bohemian Rhapsody".
"Ninguém está falando sobre 'cancelar' esse filme, que vai glorificar um homem que estuprou crianças", escreveu Reed. Em 2019, o diretor lançou a série documental controversa em que dois homens alegam que Michael Jackson abusou sexualmente deles por anos quando eram jovens.
"O que a completa falta de ultraje após o anúncio do filme nos diz é que a sedução de Jackson ainda é uma força viva, que opera de além do túmulo", disse. "Parece que a imprensa, seus fãs e a parte grande da população que cresceu amando Jackson está disposta a deixar de lado sua relação nociva com crianças e só ficar com a música".
Michael Jackson nunca foi condenado por nenhum crime ligado a sua relação com crianças. Em 2003, o cantor confessou ao documentário "Living With Michael Jackson" que convidada crianças para dormir em seu quarto à noite.
Apesar de o cantor ter afirmado que não havia malícia no hábito, a afirmação desencadeou uma série de investigações sobre sua vida privada. Após o documentário de Dan Reed, outros jovens que conviveram com o cantor saíram eu sua defesa.
Jaafar Jackson, sobrinho do cantor, interpretará o Rei do Pop na cinebiografia "Michael". A direção ficará a cargo de Antoine Fugua.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!