SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O mercado de livros deve enfrentar um período de relativa dificuldade depois de anos de bonança, segundo aponta o mais recente levantamento da Nielsen encomendado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros.
O mês de fevereiro viu uma queda de 7,6% no faturamento do setor e de quase 13% em quantidade de livros vendidos, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta.
Um movimento parecido já tinha sido detectado em janeiro, quando o volume de obras comercializadas também foi menor que em 2022, mas os lucros sofreram menos por causa da alta no preço dos livros.
Agora em fevereiro, isso não foi suficiente para aplacar o declínio, mesmo os livros estando, em média, 6% mais caros em comparação com 12 meses atrás. No acumulado, foram vendidos 8,8% menos livros este ano que no mesmo período do ano passado.
O presidente do sindicato dos editores, Dante Cid, diz que o resultado confirma as preocupações do setor com o cenário econômico. "Ainda é cedo para estabelecermos uma tendência de médio prazo, mas será fundamental que o PIB apresente sinais de crescimento sustentado."
Ismael Borges, gerente regional da Nielsen, afirma que o ano deve ser desafiador para o mercado, já que, além da "queda expressiva de vendas", o preço dos livros tem subido acima da inflação.
Ele matiza a questão, porém, apontando que o início de 2022 foi um período particularmente forte para o mercado editorial, o que prejudica comparações.
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