SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Melanie Martinez cantou sem mostrar o rosto no show que fez no Lollapalooza neste sábado. Ela surgiu vestida como uma criatura fantasiosa, misto de monstro e fada, com uma prótese com quatro olhos e grandes orelhas.

Começou cantando "Dollhouse", de 2014, quando ficou conhecida no cenário da música alternativa. Emendou em "Soap", daquele mesmo ano, e depois apresentou "Play Date", que viralizou no TikTok recentemente. Todas pertencem ao elogiado "Cry Baby", seu disco de estreia.

Martinez sempre criou personagens. Antes, nos dois primeiros álbuns, encarnava a persona chamada Cry Baby, algo como bebê chorona em português. Era uma criança ingênua, à primeira vista, mas usada por Martinez para discutir temas como abuso sexual, padrões de beleza, bullying e drogas.

A personagem durou mais um disco, o "K-12", projeto repleto de canções queridinhas dos fãs. Mas Martinez fez pouco caso e só levou duas faixas do álbum ao show.

Ela desperdiçou a segunda metade do tempo que tinha com músicas que nem foram lançadas ainda. Quis fazer propaganda do novo disco, "Portals", a ser liberado no dia 31 deste mês.

A cantora lançou nesta sexta-feira (24) o clipe de "Death", primeiro single do novo projeto. Martinez mostra no vídeo que sua antiga personagem está morta e enterrada.

A artista podia ter dado um gostinho do que vem por aí, claro, mas gastou tempo demais com as novidades que ainda pouco interessam a parte do público.

As novas canções até são boas, mas a verdade é que o ritmo do show caiu vertiginosamente. Soma-se ao fato de que ela pouco interage com a plateia, Martinez perdeu uma chance preciosa de encantar os brasileiros que pouco a conhecem. Para piorar, se despediu dez minutos mais cedo que o previsto. Um desperdício.


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