SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Foi num filme da Marvel que Nabiyah Be, a atriz brasileira da série "Daisy Jones and the Six", fez seu primeiro grande projeto hollywoodiano. Ela interpreta a vilã Linda em "Pantera Negra", de 2018.
A baiana foi escalada para uma personagem secundária, que serve só de apoio para o antagonista principal, o Killmonger de Michael B. Jordan. No contexto da trama, é um papel escanteado.
Trabalhar com a Marvel foi bem diferente dos seus outros trabalhos como atriz, ela afirma. Nabiyah foi descoberta pelo estúdio depois de atuar em "Hadestown", musical vencedor do Tony Awards, prêmio máximo do teatro.
"Lá os atores que fazem personagens menores não têm muito acesso, não sabem bem o que estão fazendo, a gente recebe as informações só alguns dias antes de gravar. Tinha estudado para outra personagem, mas descobri que não tínhamos conseguido os direitos autorais para ela."
Antes de trabalhar como atriz e cantora nos Estados Unidos, Nabiyah Be rodava o mundo em turnê com seu pai Jimmy Cliff, lenda da música jamaicana. Foi só na adolescência que ela fincou os pés em Salvador, cidade onde nasceu. Aos 18, migrou para Nova York para fazer faculdade e se arriscar no teatro americano.
Agora ela promove sua participação em "Daisy Jones and the Six", minissérie musical do Amazon Prime Video lançada no mês passado. Foi contratada para interpretar Simone Jackson, cantora profissional que assume a responsabilidade de orientar os primeiros passos da novata Daisy Jones na indústria musical dos anos 1970.
Daisy, a protagonista, se junta à badalada banda de rock The Six. Eles lançam um disco celebrado e entram em turnê com shows esgotados, mas acabam se separando no auge do sucesso sem explicar a razão. Até que uma jornalista os convence a contar a verdade.
Nabiyah, que já foi backing vocal de Daniela Mercury e Carlinhos Brown, gravou uma parceria com a ministra da Cultura e cantora Margareth Menezes. A faixa "Querera" faz parte do disco "Autêntica", lançado em 2019.
Para a atriz, Margareth vai trazer humanidade de volta à condução da cultura no governo. "Tenho muita fé nela como ministra. Confio que vai trazer uma visão humanitária, de ver o outro como ser válido, o que fomos perdendo."
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