SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Reynaldo Gianecchini disse que sofria bullying na infância e tinha pavor de ser "viadinho", em entrevista ao programa Conversa com Bial, na Globo. O ator afirmou que era uma criança sensível e que tentava se mostrar durão.
Ele fez o comentário enquanto falava sobre seu personagem na peça "A Herança", que ele protagoniza ao lado de Bruno Fagundes. O enredo da obra, que conquistou quatro prêmios Tony depois que estreou na Broadway, em 2019, trata de diferentes gerações da comunidade LGBTQIA+ nos Estados Unidos.
Gianecchini diz que, a princípio, tentou fazer seu personagem ser "meio durão", porque ele aparentava não se sentir parte da comunidade gay. Mas, conforme foi se soltando ao longo dos ensaios e da preparação para a peça, decidiu mudar de ideia.
"Com o tempo, fazendo nossas aulas de corpo, vendo todos eles, e a gente se soltando, eu fui entendendo que não -ele tinha um lado feminino ali, que com certeza quando ele era mais jovem devia ser duro, e depois ele foi se soltando", disse o ator.
Gianecchini ainda comparou a história do personagem com a sua própria trajetória. "Isso foi muito legal, porque a gente passa uma vida, como pessoa, tendo que ser durão, homem, não chora, não pode isso. Lembro que eu tinha pavor de ser 'viadinho', e eu era uma criança muito sensível, sofria muito bullying, então ficava sempre muito duro."
Com a percepção, o ator contou que agora está "deitando e rolando agora" na interpretação do personagem. "Estou deixando vir uma coisa mole", afirmou.
Com apresentação de Pedro Bial, o programa foi exibido pela Globo na última terça-feira (11), e contou Gianecchini e Bruno Fagundes.
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