SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fotos da autópsia do corpo da cantora Marília Mendonça, que morreu em acidente de avião em novembro de 2021, foram vazadas nas redes sociais na quinta-feira, dia 13.

As imagens foram obtidas a partir de um laudo do IML. Desde então, o conteúdo circula pela internet, pouco mais de um ano e meio após da morte da rainha da sofrência.

Em resposta, parentes e equipe da cantora afirmaram à imprensa que o advogado da família busca medidas para punir os responsáveis pelo vazamento.

Segundo advogados, tanto os responsáveis pelo vazamento das imagens quanto quem as compartilha cometem crime. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu investigações.

Além disso, mãe e irmão da cantora criaram um canal para receber denúncias sobre pessoas que compartilharam as fotos. Eles pedem que entrem em contato pelo email familiammparasempre9@gmail.com.

O vazamento e compartilhamento das fotos pode se enquadrar em vilipêndio, o crime de humilhação e desrespeito cometido contra cadávere, conforme o artigo 212 do Código Penal. Isso pode levar a uma detenção de um a três anos, além de eventuais indenizações.

Já os perfis que publicam essas imagens podem violar as diretrizes e termos dessas plataformas onde o conteúdo for compartilhado. As redes sociais, por conta própria ou mediante pedido da parte interessada, podem remover o conteúdo considerado ofensivo. Caso não o façam, a família poderá acionar a justiça.

Mendonça foi uma das cinco vítimas de um acidente de avião que caiu numa serra em Piedade de Caratinga, a 309 quilômetros de Belo Horizonte, em novembro de 2021.

As buscas pelas imagens da autópsia dispararam no Google, apesar do clima de indignação predominante com o vazamento. Segundo o Google Trends, ferramenta que mede tendências na plataforma, foram feitas mais de 2 milhões de pesquisas na quinta, levando o tema ao primeiro lugar da lista de procura do dia no país.

Ruth Moreira, mão da cantora, diz que o vazamento é "monstruoso". A própria cantora reclamou em vida de vazamentos na internet. Na mensagem, Marília escreveu que dava até medo de morrer, porque as pessoas não respeitam nem a morte.


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