SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fábio Porchat foi acusado de preconceito por internautas ao sair em defesa do comediante Léo Lins, que teve vídeo censurado pela Justiça. Ainda nesta quarta-feira (17), o apresentador rebateu os ataques e voltou a se posicionar contra a decisão judicial.

"É evidente que eu sou contra o racismo e, inclusive, sou muito aliado nessa luta faz tempo. Eu já falei mil vezes, em todas as entrevistas que dei, que o tal do limite do humor é a Constituição", escreveu Porchat, em seu perfil no Twitter.

O humorista defendeu que as piadas feitas por Lins não constituem crime: "Eu sempre disse e sigo dizendo que acho ruim fazer um tipo de piada ofensiva, acho triste, acho velho, acho desagradável, mas nada disso é crime. Enquanto não for crime, pode".

Porchat disse que a liberdade de expressão possibilita que as piadas contra minorias sejam feitas: "Eu defendo a liberdade de expressão e se tem gente que quer usar essa liberdade para ofender, pena. Mas pode".

Conforme o jornal Gazeta do Povo, a decisão da juíza Gina Fonseca Correa aponta que Léo Lins estaria "reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados", mencionando em suas piadas temas como escravidão, perseguição religiosa, minorias e pessoas idosas e com deficiências.

No vídeo em questão, Lins fala sobre um "ranking de privilégios que existe hoje na sociedade". "Na base, está o velho. Em cima, está o nordestino pobre. Depois dele, está a mulher grávida, que tem assento especial. Em cima dela, está o gordo que também já tem assento especial. O gordo é uma grávida que se autoengravidou. (...) Em cima do gordo, está o deficiente que tem assento, não pega fila. A prova disso é que um velho nordestino, gordo e deficiente virou presidente", diz ele, em trecho que continua disponível nas redes sociais.


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