SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta quarta-feira (7) o habeas corpus que solicitava que Bruno de Souza Rodrigues aguardasse a conclusão do inquérito policial da morte do ator Jeff Machado em liberdade.

Segundo apuração da reportagem, a desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat vetou o pedido da defesa alegando que o suspeito do crime tentou entrar em contato com testemunhas.

"Há razões objetivas e subjetivas para decretação da segregação cautelar do paciente (Bruno Rodrigues), como a fundada razão de autoria ou participação no crime investigado, bem como em informações de que o paciente estaria tentando entrar em contato com testemunhas", informou a desembargadora na decisão.

A defesa de Bruno apresentou argumentação de que não há necessidade do produtor de TV estar preso durante a fase de investigação. Eles também destacaram que Bruno colaborou com a polícia informando o local do corpo de Jeff Machado.

Em contato com a reportagem, o advogado João Maia, da defesa de Bruno, informou que seguirá atuando pela liberdade do produtor. "A defesa acredita nos argumentos apresentados no habeas corpus, e espera que o aprofundamento da discussão permitirá a revogação da prisão temporária de Bruno Rodrigues", diz a nota.

Bruno de Souza Rodrigues é considerado pela Polícia Civil o principal suspeito da morte de Jeff Machado. Ele teve o pedido de prisão temporária expedida pelo Ministério Público no último dia 1 de junho.

Jeander Vinícius, outro suspeito envolvido no caso, também teve a prisão decretada e foi preso na última sexta-feira (2).

Até o momento, Bruno é considerado foragido pela Justiça. Os agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) realizam diligências pelo Rio de Janeiro para tentar prendê-lo.

RELEMBRE O CASO DE JEFF

Jeff estava desaparecido há quatro meses. A família começou a suspeitar do sumiço no dia 27 de janeiro, e no dia 9 de fevereiro ele foi declarado desaparecido pela polícia.

Os restos mortais estavam em um baú que pertencia ao ator. O corpo foi encontrado em 22 de maio, enterrado e concretado no chão de um imóvel em Campo Grande (RJ), região em que Jeff morava.

Os suspeitos são Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga. Bruno era amigo de Jeff, prometeu um papel na novela ao ator e chegou a visitar a casa da vítima após a morte. Segundo a polícia, Bruno e Jeander se conheciam há longa data.

Em depoimento, Jeander disse que Bruno dopou Jefferson com uma substância em um suco. Os três se dirigiram ao quarto da vítima, que achava que participaria de um ato sexual para uma plataforma de conteúdo adulto. Segundo o suspeito, no entanto, o ato não chegou a ser gravado. Ao entrar no quarto, Jefferson, dopado, foi estrangulado com um fio de telefone pelo Bruno.

Jeff acreditava que começaria a atuar em uma novela após pagar R$ 20 mil a Bruno por papel em produção: O crime aconteceu três dias antes da data em que a vítima acreditava que começaria a atuar em uma novela da Globo.

A motivação do crime teria sido financeira: Jefferson iria cobrar o valor de R$ 20 mil que pagou para ter um papel em uma novela. Além disso, Bruno temia ser desqualificado como pessoa influente no meio artístico se Jeff expusesse a farsa do suspeito.


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