SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Foi difícil prestar atenção em Pabllo Vittar para quem se aventurou a chegar perto de seu trio na Parada do Orgulho LGBTQIA+ deste domingo.
Os olhares ficavam divididos entre a drag queen mais famosa do país e as mãos que passavam furtivamente pelo fecho de bolsas e os bolsos, em busca de celulares, inabaladas pelas altas torres que a polícia instalou ao longo do circuito.
Uma vez superado o susto da avenida Paulista, no entanto, o carro de Pabllo entrou numa Consolação menos abafada e com mais espaço para o público se divertir.
Não sem antes trombar num dos semáforos do cruzamento entre as duas vias. Ela continuou cantando, enquanto sua equipe jogava o farol para um canto e para o outro, até o enorme trio, enfim, passar.
Atração mais disputada desta e das paradas mais recentes, Pabllo emplacou um hit atrás do outro, levando o público ao delírio. Gays, lésbicas, bis, trans e quem mais estivesse contemplado na sigla LGBTQIA+ dançavam como se amanhã não fosse segunda-feira, num eterno Carnaval.
A sequência de hits não abriu muito espaço para discursos políticos, embora Pabllo tenha mandado alguns recados. "Orgulhem-se de quem vocês são", gritou, arrancando gritos igualmente altos do público.
Antes de sua entrada, Pepita e outras atrações do trio já haviam instado o público a bradar e aplaudir por mais políticas públicas para os LGBTQIA+, em sincronia com o tema desta edição do desfie, de alta voltagem política.
O público reagia em igual medida a canções como "Problema Seu" e "À Meia-Noite" e aos gritos políticos de antes.
Sem pausa para recuperar o fôlego, Pabllo e suas dançarinas entraram numa coreografia frenética que evocava a cena ballroom, dando uma amostra do que faz da drag queen um dos maiores ícones pop do Brasil de hoje.
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