SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Flávia Januzzi, jornalista demitida da Globo em abril de 2023 após 25 anos na emissora, contou em entrevista que seu desligamento foi "traumático" e "horrível". Segundo ela, os funcionários iam sendo "'abatidos' pouco a pouco".

"Os colegas iam sendo chamados um a um pra serem demitidos. Parecia uma lista de Schindler ao contrário", disse Flávia ao UOL. A jornalista contou ainda que colegas começaram a se despedir repentinamente, pois seu nome estava na lista de demissões que circulava entre os funcionários no Whatsapp.

Flávia expressou sua insatisfação com a postura da Globo e disse que não tem vontade de voltar à emissora : "eu não tive estômago de voltar na redação". " A forma como tudo aconteceu foi muito fria. Eu tive uma vida dedicada à emissora", completou.

A jornalista revelou que a publicação que fez criticando a escolha de roupa de Débora Secco para comentar jogos da Copa do Mundo no SporTV foi um agravante para a demissão. "Bora cortar a blusinha pra distrair a galera, né? Só Jesus. Sensualização pra comentar futebol não empodera mulher nenhuma", escreveu ela, relatando ter recebido uma ligação de um superior pedindo para apagar a publicação.

No entanto, ela afirmou que não se arrepende do comentário : "eu tirei a postagem, mas eu continuo pensando exatamente como eu botei ali. Pra quê". Débora usava cropped e botas de salto durante as transmissões e comentários dos jogos.


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