SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Reynaldo Gianecchini, 50, falou sobre o reencontro com Zé Celso, em 2021, e a experiência de ficar nu no filme Fédro. O artista disse, entre outras coisas, que aprendeu com o dramaturgo a viver a liberdade. À época, as declarações foram feitas ao jornal O Globo.

Zé Celso e o teatro são uma coisa só. "Como ele é visceral, grandioso, gigante mesmo, provocador, libertador e inspirador como é o teatro que ele oferece generosamente ao seu público fiel, que sabe que ali vai encontrar espaço para sair do chão, voar e alcançar lugares inimagináveis. Sim, ele e o teatro são uma coisa só, a mesma verdade, o mesmo motor gerador de tanta eletricidade."

Ator deu os primeiros passos na carreira no Teatro Oficina. "Nem nos meus melhores sonhos poderia visualizar um começo de carreira tão intenso e determinante como esse. Naquele momento, entendi que dali pra frente nada seria como antes, meu destino nas artes estava selado."

Gianecchini também contou como foi o reencontro com Zé, duas décadas após deixar o Oficina para trabalhar na TV. "Depois de um hiato de 20 anos, nos reencontramos no documentário "Fédro", promovido pelo inspirado Marcelo Sebá. Fiquei muito nervoso, porque sabia que ia mexer fundo nas minhas emoções."

O artista destacou a capacidade do dramaturgo em explorar as diversas camadas da liberdade: "Ou a ausência dela, porque ao lado dele entendemos que ainda temos muito o que conquistar em relação a isso. Alguns podem rejeitá-lo, porque essa liberdade também dá medo. Outros, como eu, no mínimo param para refletir".


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