RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A organização Miss Universo decidiu romper com a sua franquia na Indonésia, após denúncias de assédio sexual, e também cancelou uma futura edição na Malásia. A decisão de suspender o evento aconteceu depois que sete candidatas decidiram expor os crimes.

As participantes do último concurso Miss Universo Indonésia apresentaram uma denúncia contra os organizadores do concurso, depois de um pedido de "exame corporal" em busca de celulite, ou cicatrizes, dois dias antes da cerimônia de coroação.

"À luz do que descobrimos que ocorreu no Miss Universo Indonésia, está claro que essa franquia não atendeu aos padrões, à ética, ou às expectativas da nossa marca", divulgou a Organização Miss Universo, sediada nos Estados Unidos, no sábado à noite no X (antigo Twitter).

Na mensagem, afirma que "decidiu encerrar a relação com sua franquia na Indonésia, PT Capella Swastika Karya, e sua diretora nacional, Poppy Capella".

Agradeceu-se às concorrentes por sua coragem e se acrescentou que "proporcionar um local seguro para as mulheres" é a prioridade da organização. Em 8 de agosto, a polícia de Jacarta anunciou que iniciou uma investigação, após a denúncia das finalistas.

A franquia da Indonésia também detém a licença do Miss Universo Malásia, onde não haverá concurso este ano, de acordo com o organizador principal, com sede em Nova York.

Em um comunicado publicado no Instagram, Capella negou qualquer envolvimento em qualquer exame corporal e acrescentou que é contra "qualquer forma de violência, ou assédio sexual".

O concurso em Jacarta foi realizado no dia 3 de agosto para escolher a representante da Indonésia no concurso Miss Universo deste ano, que ocorrerá em El Salvador, em 18 de novembro. Fabiënne Nicola foi a vencedora e o Brasil será representado no concurso pela gaúcha Maria Eduardo Brechane.


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