SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O The Town começa neste sábado (2) com a expectativa de levar ao público mais de cem artistas, incluindo nomes como Ludmilla, Luísa Sonza, Foo Fighters, Ney Matogrosso e Maroon 5. Mas o irmão paulista do Rock In Rio oferece outros atrativos que prometem agradar as 500 mil pessoas que são esperadas ao longo de cinco dias de festival.
Uma das atrações é uma roda-gigante localizada em um ponto estratégico do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, onde o evento acontecerá. O brinquedo oferece uma visão de todos os palcos e atrações do The Town.
Para quem curte adrenalina, os organizadores reservaram uma tirolesa que oferece ao público a chance de cruzar a plateia do palco Skyline de uma ponta à outra. Este é o principal palco do festival e receberá artistas de peso, como Post Malone, Bruno Mars e Alok.
Para garantir a diversão do público, o evento ainda instalou em Interlagos duas montanhas-russas. Uma tem loopings e curvas acentuadas, enquanto a outra é menos radical. Para além do parque de diversões, o público pode aproveitar os shows.
"Serão 160 apresentações. São talentos que estão preparados e ansiosos para fazer um espetáculo muito especial para o público", disse em entrevista coletiva Roberta Medina, vice-presidente de reputação e marca da Rock World, organizadora do The Town e do Rock in Rio.
"É bacana perceber que cada dia de evento tem atrações para todos os públicos, dos jovens aos mais velhos", afirmou ela.
Os palcos serão um espetáculo à parte em virtude de suas grandes dimensões. Eles foram projetados para homenagear São Paulo, razão pela qual fazem referência às paisagens da capital. Na entrada, uma grande tenda lembra uma estação de trem antiga, nos moldes da paulistana estação da Luz.
Um pouco mais adiante a estética de fábrica grafitada do palco Factory é uma homenagem à São Paulo das indústrias, um dos marcos fundadores da metrópole. Nesse palco acontecem apresentações de hip-hop, funk e trap.
"São seis palcos com muita história em cada um deles, porque foram criados para contar um pouco sobre São Paulo. A gente tomou essa liberdade de forma artística para homenagear essa cidade incrível", disse Medina.
A expectativa é que a capital paulista se beneficie do evento, uma vez que ele deve movimentar R$ 1,7 bilhão, segundo um estudo da FGV, a Faculdade Getúlio Vargas. O turismo também deve ser estimulado, já que 60% do público vem de fora da cidade.
"Nossos hotéis estão com uma taxa de ocupação de 80%, os taxistas estão felizes da vida porque já têm muita corrida reservada. O mesmo vale para motoristas de aplicativo", disse Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo.
Embora seja possível acessar o evento por meio de carros particulares, a organização do The Town diz que o ideal é usar o transporte público. Isso porque as ruas do autódromo terão trechos parcialmente bloqueados, o que dificulta o embarque e o desembarque de carros.
Ricardo Nunes diz que o festival ser realizado em Interlagos carrega um simbolismo importante. "Esse lugar trouxe muitas emoções para as pessoas, que torciam por pilotos como Felipe Massa, Rubens Barrichello e o Ayrton Senna. Agora, a gente terá a emoção gerada pelo The Town", diz Nunes.
O prefeito acrescenta que o evento segue boas práticas quando o assunto é acessibilidade. O festival preparou um esquema voltado para pessoas com deficiência, o que inclui intérpretes de libras, vans acessíveis para ajudar no deslocamento, equipes de apoio e empréstimo de cadeiras de rodas. "É isso que é legal. É fazer um evento desse tamanho, mas tendo cuidado com cada um."
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