SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bienal do Livro do Rio de Janeiro confirmou as altas expectativas geradas pelo seu primeiro final de semana e registrou recordes de vendas na edição deste ano.

Foram comercializados mais de 5,5 milhões de livros, contra 2,5 milhões da última edição, em 2021, e 4 milhões em 2019 --é preciso lembrar que o evento de dois anos atrás foi de menor porte, constritos pelas restrições da pandemia, atraindo um público mais moderado e contando com participação de menos editoras.

O maior evento literário do ano, organizado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros e pela GL Events, reuniu mais de 600 mil pessoas ao longo dos últimos dez dias no pavilhão do Riocentro, o que a organização também define como número recorde.

Foram cerca de nove livros vendidos por pessoa, uma média de R$ 200 reais gastos por cada visitante. O resultado foi alavancado pelos vouchers que o estado e a prefeitura do Rio distribuíram a alunos e funcionários de escolas públicas, que compunham parcela significativa dos presentes.

As editoras também relatam aumento superlativo no faturamento em relação a anos anteriores.

A Record afirma ter obtido um crescimento de 130% em relação ao evento de 2021, tendo vendido mais de 100 mil livros, e um aumento de 50% em comparação com a Bienal de São Paulo, que aconteceu em julho do ano passado já depois de superada a pandemia. A Companhia das Letras também conta ter superado a marca de 100 mil exemplares vendidos pela primeira vez numa Bienal do Livro.

A Rocco, casa de "Harry Potter" e Clarice Lispector, teve um faturamento 135% maior que em 2019 e 85% maior que a última Bienal de São Paulo. A Sextante e Arqueiro também relatam vendas 140% maiores que em 2021 e 40% acima da última edição paulista.

Ainda em relação à última Bienal de São Paulo, que é organizada pela Câmara Brasileira do Livro, a HarperCollins afirma ter registrado um aumento de 250% em faturamento. A Planeta faturou 80% a mais que em 2019 e a Autêntica, 76% a mais. Difícil encontrar uma história de fracasso.

Desde a sexta-feira da semana passada, a Bienal tem atraído um público intenso, composto principalmente por crianças e jovens. No fim de semana, o pavilhão ficou recheado de fãs de autoras best-sellers como Julia Quinn, Holly Black e Cassandra Clare, sucessos da literatura young adult. Durante a semana, o evento passou a ser tomado por grupos escolares e atividades infantis.


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