SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O leilão da coleção de 600 obras de arte que pertenceram a Emanoel Araújo, o fundador do Museu Afro Brasil morto em 2022, foi suspenso e ainda não tem nova data para acontecer.
O pregão estava previsto para começar na segunda-feira (25) e se estender por quatro noites, mas um pedido extra judicial do Ibram, o Instituto Brasileiro de Museus, para a Bolsa de Arte, a responsável pelo pregão, fez com que a casa de leilões paulistana adiasse a venda das obras.
A solicitação da autarquia federal para os leiloeiros chegou nesta quinta (21), semanas depois que o pregão das peças foi anunciado.
O pedido do Ibram tem lastro legal. Segundo a Constituição, os 27 museus sob a alçada do órgão federal têm preferência em caso de venda judicial ou leilão de bens culturais, como é o caso da coleção de Emanoel Araújo, um acervo de 5.000 peças com relíquias do barroco e da joalheria brasileira.
O prazo de preferência para os museus do Ibram, entre os quais o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e o Museu Lasar Segall, em São Paulo, é de 15 dias.
A exposição da primeira leva de peças a serem leiloadas pode ser vista na Bolsa de Arte, em São Paulo, e ficará em cartaz por pelo menos mais 30 dias, segundo Jones Bergamin, o leiloeiro.
Dos 5.000 itens da coleção, cerca de 1.500 irão a leilão e os fundos serão destinados aos irmãos e ex-funcionários de Araújo conforme ele pediu em seu testamento.
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