SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As conversas entre atores em greve e os estúdios de entretenimento americanas estão suspensas, de acordo com reportagem publicada na manhã desta quinta (12) pelo New York Times.

Ambas as partes, tanto dos produtores representados pela Alliance of Motion Picture and Television Producers (Aliança dos Produtores de Cinema e Televisão) quanto dos atores e seu sindicato, que auxilia dezenas de milhares de profissionais, disseram estar "muito distantes" de acordo nas questões mais significativas em torno da greve que acontece há 91 dias.

O jornal avalia que este é um "golpe nas esperanças" de que a indústria do entretenimento pudesse voltar à ativa em breve. O otimismo em relação a um possível acordo veio essencialmente após uma renovação de contrato por três anos assinada por roteiristas na segunda (9), e que botou um ponto final em uma disputa trabalhista que durou meses.

De acordo com o sindicato dos artistas (SAG-AFTRA), os estúdios de entretenimento estariam se valendo de "táticas de intimidação", além de terem feito uma oferta "chocantemente inferior" à proposta antes do início da greve.

Um comunicado divulgado também na manhã desta quinta (12) afirma que os estúdios ofereceram aumentos que atenderiam "a quase todas as demandas do sindicato", além de oferecer proteção em relação ao uso de inteligência artificial.

Ainda segundo os estúdios, o sindicato dos atores buscava um bônus por audiência que "custaria mais de US$ 800 milhões ao ano, criando uma carga econômica insustentável".

Até o momento, as perdas por conta do embate são estimadas em US$ 5 bilhões, além da perda de emprego de milhares de trabalhadores dos bastidores das produções. Com a continuidade da greve dos atores, grande parte da produção da TV e cinema permanecerá paralisada.


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