RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Triste coincidência. Matthew Perry morreu neste sábado (28) no dia em que Julia Roberts, sua ex-namorada --e um dos grandes amores da sua vida-- completou 56 anos. Ele conta detalhes do início, do meio e do fim de seu relacionamento com a atriz, em meados dos anos 1990, em seu livro "Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível".
Foi assim: Roberts recebeu o convite para fazer uma participação especial em "Friends". Ela manifestou interesse, desde que aparecesse no núcleo de Chandler, o personagem de Perry, mas nada ficou acertado. Então, por sugestão de Marta Kauffman, a criadora da série, Perry enviou a Roberts dúzias de rosas e um cartão, para tentar convencê-la a aceitar o papel.
"Assim começou um flerte de três meses em trocas diárias de faxes. Isso numa era pré-internet, pré-celular, todas as nossas trocas eram feitas por fax. E havia muitas; centenas", escreveu Perry, que em outro trecho relembra: "Três ou quatro vezes por dia eu me sentava ao lado do meu aparelho de fax e observava o pedaço de papel revelando lentamente a próxima mensagem dela".
Não demorou muito e os faxes, que tinham se tornado românticos, viraram conversas por telefone de "cinco horas", antes mesmo de os dois se conhecerem pessoalmente. Isso aconteceu quando Julia foi à casa dele. "Quando abri a porta, lá estava ela: Julia Roberts, sorridente, do outro lado", contou.
Os dois começaram a namorar e, portanto, estavam juntos quando Roberts apareceu no episódio "Aquele Depois do Super Bowl", na segunda temporada da série, exibida em 1996. "Nosso beijo no sofá foi tão real que as pessoas acharam que era real. Foi mesmo", escreveu ele.
Matthew descreve ao longo do livro sua paixão por Julia e todo seu encantamento por ela, ao mesmo tempo em que lidava com o vício em álcool e drogas. Achava-se "insuficiente" para a atriz. "Namorar Julia Roberts foi demais para mim. Eu sempre tive certeza de que ela terminaria comigo. Por que ela não faria isso?". Angustiado e inseguro, ele mesmo acabou terminando o relacionamento, atitude que a deixou confusa.
Perry também conta que, em 2000, estava em uma clínica de reabilitação quando Roberts venceu o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em "Erin Brockovich: uma mulher de talento". "Eu estava tão feliz por ela. E eu? Simplesmente me sentia mais grato por ter sobrevivido a mais um dia. Quando você chega ao fundo do poço, os dias demoram a passar. Eu não precisava de mais um Oscar; eu só precisava de mais um dia", lembrou.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!