RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma das principais convidadas do primeiro Festival Liberatum no Brasil, em Salvador, Viola Davis voltou a defender o protagonismo negro. A atriz norte-americana insistiu na importância da representatividade de mulheres negras nas telas e contou um pouco de sua vivência como artista.
"Eu acho que você acaba percebendo que tudo o que te disseram sobre ser uma atriz negra é mentira. As limitações sobre as histórias, sobre o que as pessoas querem ver, e eu chamo essas coisas de opressão internalizada", começou Viola.
A atriz, que faz parte do seleto grupo de 18 artistas na lista de EGOT (sigla das letras iniciais de Emmy, Grammy, Oscar e Tony, os principais prêmios da televisão, música, cinema e teatro dos Estados Unidos), continuou. "Quando mundo diz para vocês que apenas uma certa parte da população, da história, é importante. Eu sempre acreditei que quando você faz algo como artista, que é honesto, as pessoas querem ver e isso me empoderou".
Viola Davis ainda disse que só conseguiu notar o seu alcance para grandes audiências depois da série de suspense "How To Get Away With Murder" (2014). "Quando se é ator, você não tem noção de quem está te assistindo. Mas lembro de ir até a Itália, estar em um hotel e ter muita gente do lado de fora. Pensei: 'Mick Jagger está aqui?'. Não. Eles estavam lá por mim. E então você percebe que esse é início do processo de redefinir a si mesma e de redefinir o que é ser uma artista".
Ainda em Salvador, Davis anunciou a criação de um estúdio de conteúdo de áudio em Salvador. Ao lado do marido Julius Tennon, a atriz abriu uma produtora chamada Axé com sede na capital baiana. O primeiro produto da nova empresa será uma série de podcast focada no Zumbi dos Palmares. Ainda sem previsão de lançamento da produção.
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