SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A macabra história de um Papai Noel de shopping que à noite se transformava num assassino em série parece o roteiro de um filme -ou de uma série de terror do streaming- mas aconteceu mesmo. Vida real. Seu protagonista é Bruce McArthur, que de dia trabalhava num centro de compras de Toronto, no Canadá, e depois do expediente saía à caça de homens gays para matá-los.
Pai de dois filhos, McArthur também era paisagista e matou oito homens entre 2010 e 2017. Todas as vítimas tinham ligação com o bairro Village e eram de ascendência do Oriente Médio ou do Sul da Ásia. A escolha de seus alvos não era aleatória: ele atacava homens que tinham pouca probabilidade de, após seu sumiço, movimentarem a polícia, por serem imigrantes ilegais no país ou não terem parentes próximos.
Bruce atraía os homens para a sua casa e depois de drogá-los, os estrangulava. Para esconder os corpos, ele colocava partes em vasos e plantava nos jardins de seus clientes.
O modus operandi era sempre o mesmo, e um tanto macabro: antes de se livrar dos cadáveres, ele tirava fotos com as vítimas e salvava as imagens em um pen drive. Foi dessa maneira que a polícia do Canadá conseguiu identificar os homens. Bruce foi pego justamente quando mudou de alvo e matou Andrew Kinsman, popular na cena gay de Toronto.
Kinsman desapareceu em junho de 2017. Durante as investigações, a polícia prendeu o serial killer ao achar imagens da vítima entrando em um carro vermelho atribuído a ele. Dentro da casa da vítima, descobriram um calendário no qual estava escrito "Bruce" marcado no dia em que ele desapareceu.
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