SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A empresa BMG (Bertelssman Music Group) vai encerrar seu contrato com Roger Waters, cofundador da banda Pink Floyd, após uma série de declarações do músico sobre as guerras da Ucrânia e da Faixa de Gaza.

De acordo com o portal americano Variety, o novo presidente do grupo alemão, Thomas Coesfeld, que assumiu o cargo em 2023, rompeu o contrato com o artista, que lançaria com a empresa uma nova versão do álbum clássico "Dark Side of the Moon", de 1973 --que acabou saindo pela gravadora independente Cooking Vinyl, do Reino Unido.

No ano passado, Waters sugeriu, em um discurso no Conselho de Segurança das Nações Unidas a convite da Rússia, que a Ucrânia deu motivos para que fosse invadia. Seus comentários sobre Israel, que assumiam uma postura anti-sionismo, têm sido amplamente considerados antissemitas.

Em uma entrevista em novembro ao jornalista Glenn Greenwald, Waters disse que a decisão da empresa aconteceu por causa de interesses pró-Israel da Bertelsmann, empresa dona da BMG.

No ano passado, Roger Waters se apresentou em Berlim com um uniforme similar ao utilizado pelos nazistas e uma faixa vermelha estampada com dois martelos cruzados. De acordo com o músico, sua performance foi uma crítica ao fascismo e ao nazismo.

Waters foi investigado pela Campaign Against Antisemitism (CAA), organização não-governamental britânica contra o antissemitismo, que conversou com pessoas que trabalharam com o artista. De acordo com os entrevistados, o músico costuma fazer comentários depreciativos sobre judeus.


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