SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Dos nove camarotes no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, três são de responsabilidade dos empresários Matheus Oliveira, Ismael Paiva e Wagner Lourenço, que viram no Carnaval uma boa oportunidade de negócios.

Ao UOL, os sócios contaram como se organizaram para investir na folia e o que eles esperam para 2024.

Em 2023, o trio formou uma sociedade para lançar o Camarote Avenida, com capacidade para receber cerca de mil foliões por noite e que gerou mais de 800 empregos diretos e indiretos. Atuando na comunicação visual do Sambódromo, Matheus Oliveira e Ismael Paiva desenvolveram um espaço que fosse possível ter forte apelo nas redes sociais.

"Estamos acostumados a desenvolver espaços temáticos com base na comunicação visual, que é uma das nossas principais atividades ao longo do ano. Para o Camarote Avenida, aplicamos um pouco da nossa experiência para tornar-se um espaço aconchegante e de divulgação imediata por meio dos próprios clientes e redes sociais. Acreditamos que exista uma força midiática muito forte na internet e temos que utilizar a nosso favor"< disseram Matheus Oliveira e Ismael Paiva, sócios que criaram o Avenida.

Os camarotes no Sambódromo podem receber até 18 mil pessoas por noite, atrações musicais, gastronomia, open bar, decoração temática, celebridades e influenciadores digitais. Por isso, os empresários que investem no carnaval por meio dos camarotes no sambódromo do Anhembi estão apostando em um mercado promissor e rentável.

Com o sucesso do Avenida e alta procura dos foliões, eles também atuaram na montagem do Camarote Milênio, estarão presentes com o Camarote Abre Alas e irão inaugurar o Camarote Sensação, dedicado à inclusão, diversidade e representatividade para a comunidade LGBTQIA+.

"Recebemos a proposta de investir no Camarote Sensação por meio de uma iniciativa do presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBTI+ do Brasil, Ricardo Gomes. A partir daí, compreendemos que seria o momento de expandir a nossa atuação e trabalhar com a diversidade nesse universo carnavalesco", disse Wagner Lourenço, responsável pela montagem estrutural dos camarotes.

15 milhões de pessoas participaram da folia em 2023, o que gerou um faturamento de R$ 2,9 bilhões, segundo o Observatório do Turismo, da Prefeitura de São Paulo. Deste valor, cerca de R$ 200 milhões são dos camarotes no Carnaval passado, e este ano deve ser ainda maior.

"O Carnaval de São Paulo é um exemplo de como a cultura pode ser um vetor de desenvolvimento social e econômico, que beneficia não só os foliões, mas também os trabalhadores que dependem dessa atividade para garantir seu sustento e sua dignidade. Por isso, é importante valorizar e apoiar o carnaval paulistano, que é uma expressão da diversidade e da criatividade do povo brasileiro. Sentimos muito orgulho em dizer que somos responsáveis pela geração aproximada de 1.600 empregos diretos e indiretos por meio dos três camarotes", conta Ismael Paiva, sócio administrador do Camarote Avenida.

Faltando pouco para a abertura dos desfiles do Grupo Especial, Paiva diz que a procura pelo Camarote Avenida foi 30% maior do que o disponibilizado para comercialização em 2023 e que as entradas deste ano já estão se esgotando.

"O brasileiro deixa tudo para a última hora e no carnaval não é diferente. No ano passado a procura pelo camarote bateu cerca de 30% a mais do que disponibilizamos para comercialização", diz Ismael Paiva, ao falar da procura para ingressos.

Rafael Neddermeyer - São Paulo - X-9 Paulistana desfila no segundo dia dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo, no Sambódromo do Anhembi (Divulgação/Rafael Neddermeyer/LIGASP/Fotos Públicas)

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