SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo do Mato Grosso do Sul, chefiado por Eduardo Riedel (PSDB), se juntou à lista dos que solicitaram o recolhimento do livro "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, das escolas estaduais. A Secretaria de Estado de Educação (SED) afirmou em nota que a retirada aconteceu por causa da linguagem utilizada no livro, que julgou imprópria.

"Por determinação do governador Eduardo Riedel, e após avaliação da SED da obra 'O Avesso da Pele", distribuída pelo Ministério da Educação, haverá recolhimento imediato dos exemplares, enviados para 75 das 349 unidades escolares da Rede Estadual de Ensino [REE] de MS", diz a nota.

"A medida se dá em função da linguagem utilizada em trechos do referido material, contendo expressões consideradas impróprias para a faixa etária da maioria dos estudantes atendidos pela REE (menores de 18 anos), com o uso de termos e jargões que inviabilizam a utilização pedagógica no ambiente escolar. Após o recolhimento, os livros serão encaminhados para o acervo da Secretaria de Estado de Educação."

Vencedor do Prêmio Jabuti de 2021 de romance literário, o livro foi alvo de polêmica em uma escola de Santa Cruz do Sul, cidade no estado do Rio Grande do Sul. Janaina Venzon, diretora da Escola Ernesto Alves, pediu pela censura do livro, que trata de questões raciais. Em vídeo postado em seu perfil do Instagram, Venzon classifica a obra como inadequada aos estudantes do ensino médio.

Após a repercussão, os governos do Paraná e de Goiás solicitaram a retirada do livros das escolas estaduais.


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