SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à guerra na Faixa de Gaza, ativistas pró-Palestina destruíram, nesta sexta-feira (8), uma pintura histórica do político britânico Arthur Balfour, também conhecido como Lord Balfour, que estava pendurada no Trinity College, uma das faculdades que compõem a prestigiosa Universidade de Cambridge.
Ligado à criação do Estado de Israel, o político teve seu retrato cortado e pintado com tinta vermelha. Não havia vidro de proteção sobre a obra, como é praxe em museus, que em todo o mundo viraram palco de protestos de ativistas, que já se colaram ou jogaram tinta e comida sobre quadros de Van Gogh e Da Vinci.
A ação desta sexta foi reivindicada pelo grupo Palestine Action, que celebrou o fato de a pintura de 1914, feita por Philip Alexius de László, ter sido "arruinada". Balfour foi secretário de relações exteriores do Reino Unido em 1917, quando o país assinou uma declaração de apoio à criação de um "lar nacional para os judeus na região da Palestina".
Historiados creditam o momento como o ponto de partida para os conflitos entre árabes e israelenses, que assolam o Oriente Médio há décadas.
Um porta-voz do Trinity College afirmou, por meio de nota, que "lamenta o dano causado ao retrato de Arthur James Balfour durante o horário de abertura ao público. A polícia foi informada. Apoio foi disponibilizado para qualquer membro da comunidade universitária afetado".
Nenhuma prisão foi feita, mas a polícia britânica abriu uma investigação para apurar o caso.
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