SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Passada a leitura das cartas em defesa da democracia, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer novamente voltar o foco para temas da agenda econômica.
A avaliação interna é que a divulgação dos manifestos na quinta-feira (11) foi importante para mobilizar a sociedade civil e sindicatos, mas que a eleição será ganha ou perdida nos temas que dizem respeito diretamente à vida das pessoas, como inflação, desemprego, fome e pobreza.
De uma certa forma, diz um membro da campanha, o debate sobre democracia, embora necessário, acaba desviando o foco para outros assuntos.
A subida de Bolsonaro em duas pesquisas da Quaest divulgadas nesta semana, nos estados de São Paulo e Minas Gerais, reforçou entre os lulistas a certeza de que é preciso falar mais de economia.
A alta dos índices de aprovação do presidente, embora já fosse esperada, demonstrou cabalmente o efeito que o Auxílio Brasil turbinado e a queda na inflação dos combustíveis pode ter.
A expectativa é que os levantamentos nacionais na semana que vem confirmem o movimento apontado nestes dois estados chaves.
Na semana que vem, com o começo oficial da campanha na terça (16), Lula terá uma agenda direcionada à economia. Não por outro motivo, ele decidiu iniciar essa etapa visitando duas portas de fábrica em São Paulo.
Lula deve dizer que com Bolsonaro no poder, a vida piorou, e reforçar que o preço dos alimentos segue em alta, apesar da deflação registrada em julho. Por fim, vai lembrar que o Auxílio de R$ 600 só dura até o final do ano.
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