RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A taxa de informalidade no mercado de trabalho varia de menos de 30% a mais de 60% nos estados, indicam dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O indicador mede o percentual de informais em relação ao total de pessoas que estão ocupadas com algum tipo de trabalho.

Os estados com as maiores taxas ficam nas regiões Norte e Nordeste, conforme dados do segundo trimestre deste ano, período mais recente com estatísticas disponíveis.

No Pará, 61,8% dos trabalhadores ocupados estavam na informalidade. É o percentual mais elevado do país. Em seguida, aparecem Maranhão (59,4%), Amazonas (57,7%), Piauí (56,1%) e Bahia (53,1%).

O IBGE leva em consideração as seguintes categorias informais: empregados no setor privado sem carteira assinada, empregados domésticos sem carteira, empregadores sem registro de CNPJ, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.

Santa Catarina é a unidade da federação com a menor taxa de informalidade. No segundo trimestre, o indicador local foi de 27,2%.

São Paulo (31,1%), Distrito Federal (31,2%), Paraná (32,2%) e Rio Grande do Sul (32,8%) vêm na sequência.

"A informalidade tem características relacionadas a atividades econômicas. Está mais no comércio, em alguns serviços, na construção, e menos na indústria e em serviços prestados às empresas", disse nesta sexta Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE.

"São os estados do Norte e do Nordeste que têm incidência maior nas atividades de caráter mais informal. Isso tem a ver com a economia regional", emendou.

Segundo ela, membros do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro, contam com "uma diversidade econômica maior", o que suaviza a participação dos informais no mercado de trabalho.

No Brasil, a taxa foi estimada em 40% no segundo trimestre. Os dados divulgados pelo IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

De acordo com a pesquisa, 11 das 27 unidades da federação registram taxas de informalidade superiores a 50%. As 11 ficam no Norte e no Nordeste.

TAXA DE INFORMALIDADE, EM %, NO 2º TRIMESTRE DE 2022

Pará ? 61,8

Maranhão ? 59,4

Amazonas ? 57,7

Piauí ? 56,1

Bahia ? 53,1

Pernambuco ? 52,9

Ceará ? 52,8

Paraíba ? 52,2

Sergipe ? 52

Amapá ? 51,4

Rondônia ? 50,4

Acre ? 48,2

Roraima ? 47,9

Rio Grande do Norte ? 46,3

Alagoas ? 45,2

Tocantins ? 41,7

Espírito Santo ? 40,1

Brasil ? 40

Goiás ? 39,5

Minas Gerais ? 38,7

Mato Grosso ? 37,2

Rio de Janeiro ? 36,5

Mato Grosso do Sul ? 34,3

Rio Grande do Sul ? 32,8

Paraná ? 32,2

Distrito Federal ? 31,2

São Paulo ? 31,1

Santa Catarina ? 27,2

Fonte: IBGE


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