SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar caía ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira (23), intensificando movimento visto na parte final da sessão anterior que teve como mote a recuperação das commodities em meio a perspectivas de que a China mantenha forte demanda por esses insumos.

Às 9h08 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,52%, a R$ 5,1374na venda. Na B3, às 9h08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,40%, a R$ 5,1515.

Os preços do minério de ferro ?um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil? e do aço na China subiram nesta terça-feira, com o último corte da taxa de empréstimo do governo chinês impulsionando o sentimento do mercado, enquanto a demanda parecia destinada a melhorar antes da alta temporada para construção.

Além disso, a longa onda de calor e a seca no gigante asiático representam uma "séria ameaça" às safras de outono do país, o que pode direcionar Pequim a comprar de países exportadores, como o Brasil.

Nesta segunda (22), o real resistiu à valorização mundial do dólar. A moeda americana fechou a sessão em queda de 0,07%, cotada a R$ 5,1640.

O foco do mercado continuou na política monetária dos Estados Unidos, com a crescente expectativa de uma nova elevação agressiva dos juros para o enfrentamento da inflação histórica no país.

Na agenda desta semana, o principal evento para as finanças globais será o pronunciamento, na sexta-feira (26), do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell.

Ele participará da conferência anual de bancos centrais em Jackson Hole, no Wyoming (EUA). O simpósio costuma dar as diretrizes da política monetária mundial.

Caso Powell faça um discurso abertamente favorável a um rigoroso aperto ao crédito, os mercados de ações e até mesmo a renda fixa de países emergentes podem sofrer perdas devido à migração de investidores para o Tesouro dos Estados Unidos.

Na Bolsa de Valores brasileira, o índice Ibovespa recuou 0,89%, a 110.500 pontos. O pessimismo doméstico refletiu o ambiente no exterior. Em Nova York, o indicador parâmetro da Bolsa, o S&P 500, perdeu 2,14%.

Na Europa, a crise do gás derrubou o euro novamente abaixo da paridade ante ao dólar. A moeda comum europeia terminou o dia valendo US$ 0,99.

Bolsas europeias também caíram, com destaque para os tombos de 2,32%, de Frankfurt, e de 1,80%, de Paris.


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