SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Arcellor Mittal no Brasil, Jefferson de Paula, diz que os investimentos previstos pelo setor siderúrgico para os próximos anos independem do resultado das eleições deste ano.

Paula assumiu nesta terça-feira (23) a presidência do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, que representa 31 usinas siderúrgicas de 12 grupos industriais.

O setor projeta investir R$ 52 bilhões nos próximos quatro anos. O dinheiro deve ser usado em melhora no mix de produtos, ganho de eficiência e aumento do valor agregado dos produtos.

Em dez anos, o segmento espera investir R$ 158 bilhões, segundo o Marcos Faraco, então presidente do conselho diretor da entidade setorial e vice-presidente da Gerdau.

O setor de aço também espera conseguir dobrar o consumo interno do material no mesmo período. O Brasil tem hoje um consumo de aço considerado baixo pelo setor, de cerca de 125 quilos por habitante, enquanto países desenvolvidos registram cerca de 230 quilos por habitante.

"Tivemos reformas importantes, como a trabalhista e da previdência. Os governos vieram evoluindo. Tivemos teto de gastos, privatizações, marco do saneamento, lei geral do gás. A gente acredita que há condições de crescer", disse.

Segundo o executivo do setor siderúrgico, as empresas não trabalham "com governo A ou B", mas com a expectativa de novas reformas tributária e administrativa.

A Aço Brasil promoveu nesta terça um congresso para discutir as perspectivas para o setor. O presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de abertura.


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