SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A MP (Medida Provisória) 1118/2022 impôs aos senadores uma saia justa às vésperas das eleições. A proposta, que caduca no dia 27 de setembro, pode impactar na conta de luz nos estados, e os parlamentares tentam se esquivar do prejuízo político tão próximo ao primeiro turno.

Em Minas Gerais, estado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o impacto pode chegar a 4%. Já em Alagoas, berço do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o reajuste pode chegar a 6% segundo estimativas de associações de consumidores de energia. Em São Paulo, a 3%.

Os líderes marcaram reunião para a próxima quinta-feira (22) para encontrar uma solução para o problema. "Nós todos estamos trabalhando no sentido de tirar [os jabutis]. Os líderes precisam fechar questão, têm que aceitar", explica o relator da MP, senador Acir Gurgacz (PDT-RO). É possível que um texto já seja apreciado neste dia.

A saia justa foi criada por dois jabutis incluídos na Câmara dos Deputados. Um deles trata da proporcionalidade dos custos com o transporte da energia, tornando mais cara aquela produzida mais distante do local de consumo. O outro prorroga subsídios para energia renovável e acrescentaria R$ 8 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).


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