RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Brasil ganhou três posições em um ranking anual de inovação, mas segue distante do topo, ocupando o 54º lugar. É o que aponta a edição 2022 do IGI (Índice Global de Inovação).
O levantamento deste ano, com análise de dados de 2021, foi divulgado nesta quinta-feira (29). O IGI abrange 132 economias.
A publicação é feita pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) em parceria com o Instituto Portulans e tem o apoio de entidades como a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
"A melhora da colocação, no entanto, não significa que o país esteja bem na agenda de inovação, uma vez que os investimentos na área têm caído a cada ano e a posição brasileira está sete casas abaixo da melhor marca atingida -o 47º lugar em 2011", afirma a CNI em nota.
O IGI 2022 é calculado a partir da média de dois subíndices. O primeiro é chamado de insumos de inovação. Nesse subíndice, são analisados os elementos da economia que facilitam e viabilizam o desenvolvimento de atividades inovadoras.
Há cinco pilares: instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação do mercado e sofisticação empresarial.
O segundo subíndice, de produtos de inovação, visa captar o resultado efetivo das práticas inovadoras. Divide-se em dois pilares: produtos de conhecimento e tecnologia e produtos criativos.
Conforme a CNI, embora o Brasil tenha caído duas posições no ranking específico dos insumos de inovação (de 56º para 58º), subiu seis na lista dos resultados (de 59º para 53º), o que explica a melhora no geral.
"Isso quer dizer que, em relação aos investimentos em inovação, o Brasil piorou. Entretanto, é como se os agentes do ecossistema brasileiro tivessem feito mais com menos e obtido melhores resultados, apesar da queda nos insumos/investimento", afirma Gianna Sagazio, diretora de inovação da CNI.
Na visão da entidade, a "falta de uma política pública consolidada" para essa área gera insegurança e atrasos. "Se houvesse investimentos perenes em inovação, o que não acontece, o Brasil poderia ser uma potência em inovação", diz Sagazio.
Apenas uma nação da América Latina está entre as 50 principais do IGI. Trata-se do Chile, que ocupou a 50ª colocação do ranking geral. O Brasil (54º) é a economia da região que vem depois, seguido pelo México (58ª).
"O Chile obtém bom desempenho em matrículas no ensino superior e novas empresas. O Brasil registrou avanços importantes em produtos de inovação, especialmente em produtos criativos, como ativos intangíveis e criatividade online, bem como em registro de marcas e criação de aplicativos móveis", aponta o IGI.
Os dez países com as melhores colocações no índice geral são: Suíça, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Alemanha, Finlândia e Dinamarca. O indicador foi criado em 2007.
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RANKING DO IGI 2022
1º Suíça
2º Estados Unidos
3º Suécia
4º Reino Unido
5º Holanda
6º Coreia do Sul
7º Singapura
8º Alemanha
9º Finlândia
10º Dinamarca
11º China
12º França
13º Japão
14º Hong Kong (China)
15º Canadá
54º Brasil
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