SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-ministro Henrique Meirelles chamou nesta sexta-feira (7) os gastos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) de "eleitoreiros" e disse que o pagamento do 13º salário para mulheres que recebem o Auxílio Brasil, o anúncio da inclusão de 500 mil famílias no programa social e o perdão de dívidas de clientes da Caixa estão "disfarçados de social". Meirelles é apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou estar ao lado do petista ainda antes do primeiro turno.
"Gastos sociais são essenciais. Mas, neste caso, o gasto é eleitoreiro e está disfarçado de social por causa da campanha", afirmou o economista em uma série de publicações no Twitter.
"Como eu já disse antes, é preciso saber de onde virá o dinheiro. O dinheiro que agrada o eleitor e o político agora, provoca a crise no futuro. Este gasto excessivo vai provocar mais inflação, maior dívida, juros maiores e, no final, crescimento menor no futuro próximo", acrescentou Meirelles.
Em um evento ao lado de Lula no mês passado, o ex-ministro justificou o apoio ao petista dizendo que sempre baseou suas decisões em fatos, e afirmou olhar "para resultados".
"Essa história de só falatório pode impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos. Eu olho e vejo os resultados. Isso me fez participar hoje do evento de apoio ao Lula com tranquilidade e confiança, porque sei o que funciona, e o que pode funcionar no Brasil", afirmou.
Na ocasião, Lula reuniu oito ex-presidenciáveis em um encontro em São Paulo. Entre ex-ministros, aliados de longa data e até antigos opositores, a reunião teve partidos que integravam outras chapas presidenciais, como União Brasil e Cidadania.
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