SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Depois do incidente com o jato particular que provocou caos em Congonhas no domingo (9), executivos no mercado de aviação avaliam que o grupo espanhol Aena, que arrematou o aeroporto no leilão de agosto, deverá anunciar medidas para mitigar problemas semelhantes no futuro.

Procurada pela reporragem, a empresa afirma que a gestão ainda não foi repassada à concessionária, portanto, não cabe ela responder sobre o aeroporto de Congonhas neste momento.

O incidente com o avião de pequeno porte gerou centenas de cancelamentos de voos com prejuízos milionários e transtorno para milhares de passageiros, levantando no setor um questionamento antigo sobre a presença em Congonhas da chamada aviação geral, categoria que abrange os voos não regulares, de aeronaves como helicópteros e aviões particulares.

A Abear (associação de companhias aéreas que reúne empresas como Gol, Latam e Voepass) diz que já havia enviado um comunicado à Infraero no mês passado pedindo restrição dos aviões de pequeno porte na pista principal, especialmente nos horários de pico, de modo a evitar problemas aos passageiros da aviação comercial, como o que aconteceu no domingo.

Uma das críticas foi à demora em solucionar a situação. O avião levou nove horas para ser removido.

Especialistas no setor afirmam que medidas como a adoção de um Aircraft Recovery Kit usado em Viracopos poderiam ajudar. O equipamento, que serve para remover aeronaves quebradas, chegou em Viracopos em 2013. A ferramenta tem um trailer, bolsas de ar, macacos hidráulicos, compressor, cintas de aço para içamento e outros acessórios que podem levantar uma aeronave de até 223 toneladas, segundo o aeroporto.

Procurada pela reportagem, a Infraero diz que "seguiu todos os procedimentos de precaução exigidos para o caso concreto, evitando assim danos e riscos maiores".


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