SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Passadas as eleições, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem duas prioridades para serem aprovadas ainda nesta legislatura, uma na Câmara e outra no Senado.

A primeira é o projeto que regulamenta a produção de bioinsumos para uso próprio ou fins comerciais, que precisa ser apreciado pelos deputados. Bioinsumos são organismos vivos, como insetos, plantas ou bactérias usados para melhorar o controle de pragas ou a fertilidade do solo. Hoje, são regulamentados como agrotóxicos, o que, segundo os ruralistas, burocratiza e dificulta a produção.

No Senado, a bancada quer aprovar a autorregulação do agronegócio. Na prática, o trabalho de fiscalização sanitária seria feito por amostragem.

De acordo com o presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR) em novembro deve haver mais uma audiência pública sobre o tema, mas, na sequência, ele já poderia ser apreciado.

Para o ano que vem, Souza afirma que as prioridades do setor mantêm-se, já que boa parte dos projetos prioritários, como o Marco Legal dos Fertilizantes, não foi apreciada nesta legislatura. Segundo ele, a bancada cresceu, ultrapassando 300 parlamentares nas duas casas, e virá mais forte e experiente na próxima legislatura.

"Sei que temos pautas muito importantes na educação, a principal pauta, e na saúde, a mais urgente, mas a do agronegócio está ligada à geração de emprego, à geração de renda, à fome. Temos como avançar", afirma.


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