SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os percentuais de eleitores que acham que a situação econômica do país melhorou nos últimos meses e que esperam melhora no futuro atingiram os maiores patamares da série histórica da pesquisa Datafolha.
A situação econômica do país ficou mais favorável nos últimos meses para 34% dos eleitores, de acordo com o levantamento desta semana. Esse é o maior patamar desde que a pergunta passou a ser feita, em junho de 2015, quando o país enfrentava uma das maiores recessões da história.
O recorde anterior eram os 28% verificados em setembro deste ano e também em dezembro de 2019, antes da pandemia.
Apesar do crescimento no percentual de avaliações positivas, a percepção negativa sobre a economia ainda é maior. São 42% que viram a situação do país piorar, menor patamar desde os 37% registrados antes da pandemia, em dezembro de 2019. Para 23%, ficou igual.
A melhora na avaliação da economia tem sido observada desde o início deste segundo semestre, período em que o governo alterou a lei eleitoral para anunciar uma série de medidas de redução de tributos, aumento de benefícios e de incentivo ao crédito para tentar a reeleição.
A percepção é mais positiva entre assalariados com carteira (39%), homens (42%) e pessoas com maior nível de instrução (43%) e renda (61%).
A avaliação negativa é maior entre mulheres (49%), pessoas com 60 anos ou mais (49%), menos instruídos (53%), moradores do Nordeste (54%) e desempregados (52%).
Entre beneficiados pelo Auxílio Brasil, 47% afirmam que a situação do país piorou (número acima da média), 28% dizem que melhorou, e 24%, que ficou igual. Esse público representa cerca de um quarto dos entrevistados.
Em relação à sua situação pessoal, também são 34% os que veem melhora nos últimos meses, outro recorde, superando os 27% do levantamento anterior. Nesse caso, há empate na margem de erro com a avaliação negativa e de estabilidade, ambas em 33%. Numericamente, é a primeira vez que a avaliação positiva supera a negativa na mesma série.
Entre beneficiários do auxílio, 37% afirmam que a situação pessoal piorou, 32% dizem que melhorou, e 31%, que ficou igual.
Expectativa recorde O Datafolha também perguntou sobre as expectativas para a economia, e as respostas apontaram para novo recorde da série que, nesse caso, começa em abril de 2019, já no atual governo.
Avaliam que a situação econômica do país irá melhorar nos próximos meses 62% dos entrevistados, ante 53% na pesquisa de setembro. Essas são as únicas vezes em que o otimismo superou a marca de 50% no levantamento. São 13% que esperam piora e 16% os que avaliam que ficará como está.
Na população que recebe o Auxílio Brasil, o otimismo está acima da média nacional: 67% afirmam que a economia brasileira irá melhorar, 10% esperam piora, e 15%, estabilidade.
A expectativa para os próximos meses em relação à situação econômica do próprio entrevistado chegou a 70%, patamar também inédito, acima dos 60% do mês passado. Apenas 5% esperam piora, menor valor da série.
O instituto ouviu 4.580 pessoas em 252 municípios entre terça (25) e esta quinta-feira (27). A pesquisa foi encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e está registrada sob o código BR-04208/2022 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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