SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dois a cada cinco brasileiros pretendem antecipar compras de Natal para aproveitar as ofertas da Black Friday, segundo pesquisa realizada pela PiniOn à pedido da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Os consumidores também se mostram impulsionados pela Copa do Mundo e estão mais otimistas agora do que no ano passado.
De acordo com pesquisa de intenção de compra na Black Friday, 39,3% dos 1.663 entrevistados em todo o país pretendem fazer compras nesta data; 36,5% responderam que não têm intenção de consumir, enquanto 24,2% estão indecisos.
Em relação à pesquisa realizada no ano passado, houve importante aumento do número de entrevistados que manifestaram intenção de compra, forte redução do número daqueles que não manifestaram intenção, mantendo-se quase inalterada a quantidade de indecisos.
Com relação ao motivo de comprar durante a Black Friday, 20,6% dos consultados declararam ter intenção de antecipar compras para o Natal; 46,4% têm interesse em adquirir itens que estejam precisando, enquanto, a maioria (54,3%) respondeu que deseja comprar para aproveitar as grandes promoções e descontos que são oferecidos somente nesta data.
Esses resultados parecem indicar que, a exemplo do que ocorreu em 2021, não deveria haver "canibalização" importante das compras de Natal, aumentando a perspectiva de maior crescimento das vendas do varejo, tanto em novembro, como em dezembro.
Do grupo de entrevistados que planejam realizar compras no período, 44,7% pretendem gastar mais do que em 2021, enquanto 24,7% desejam o contrário. Em termos do nível de gasto, a grande maioria (56,1%) pretende gastar acima de R$ 300, o que poderia ser explicado pelo avanço da ocupação e o efeito positivo sobre a renda da injeção de recursos do governo federal.
A pesquisa também apontou que a maioria das compras seria realizada em grandes redes do varejo (62,6%) e, de forma remota, seja pelo computador, celular ou tablet (55,7%), como é costume na Black Friday.
Nas intenções de compra captadas, tal como no ano passado, continuam predominando, em termos individuais, roupas, calçados e acessórios (37,7%), celular (32,2%), perfume (20,6%), móveis e artigos para o lar (23,6%), computador, notebook e tablet (20,9%), televisor (19,9%) e artigos de linha branca (38,5%). Chama a atenção que, em geral, à diferença dos resultados de 2021, existe maior preferência pelo pagamento à vista, o que poderia refletir o encarecimento do crédito.
É tradicional que artigos eletroeletrônicos apresentem a maior intenção de compra durante a Black Friday, contudo, itens de uso pessoal continuam se destacando, o que pode estar vinculado tanto à ausência das restrições de mobilidade social, como ao fato de que, em geral, são produtos de menor valor, num contexto de situação financeira ainda relativamente difícil.
Por sua vez, o fato de que a Copa do Mundo se inicie em menos de uma semana da Black Friday também exerce alguma influência sobre as intenções de compra, onde aparecem artigos esportivos. A pesquisa também permite abertura da composição dessa intenção de compra, onde se destacam principalmente calçados para praticar esporte (23,5%), camisa de time de futebol (17,6%) e camisa da seleção brasileira (22,4%).
A proximidade da Copa do Mundo deverá produzir uma antecipação das promoções e descontos característicos do período, para aproveitar o interesse na aquisição de produtos relacionados ao evento, notadamente televisores e artigos esportivos.
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