SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar voltava do feriado com fortes ganhos frente ao real nesta quarta-feira (16), à medida que investidores aguardavam definições sobre os gastos extra-teto que serão incluídos na PEC da Transição e continuavam temerosos em meio a dúvidas sobre quem será o ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva.

Às 9h13 (de Brasília), o dólar à vista avançava 1,11%, a R$ 5,3615 na venda.

Na B3, às 9h13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,33%, a R$ 5,3770.

Nesta terça (15), os principais mercados mundiais de ações fecharam em alta, enquanto o mercado de ações brasileiro permaneceu fechado devido ao feriado da Proclamação da República.

O indicador de referência da Bolsa de Nova York, o S&P 500, subiu 0,87%, enquanto Dow Jones e Nasdaq ganharam 0,17% e 1,45%, respectivamente.

Analistas atribuíram a alta em Wall Street à renovação do otimismo quanto à possibilidade de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) irá desacelerar o ritmo de aumento da sua taxa de juros. Dados que mostraram uma trégua na inflação ao produtor em outubro reforçaram esse sentimento.

Além disso, o aperto de mãos entre Joe Biden e Xi Jinping criou expectativa de estabilidade na relação entre os EUA e a China.

Na segunda-feira (14), o mercado financeiro do Brasil deu sinais de recuperação após um tombo na semana passada. Investidores ajustaram suas expectativas diante de rumores de que o novo governo avalia reduzir o gasto extra-teto em relação ao inicialmente previsto.

Depois de altos e baixos ao longo do dia, o Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, subiu 0,81%, aos 113.161 pontos. O dólar comercial à vista caiu 0,41%, cotado a R$ 5,3030, na venda. A valorização do real contrariou a alta do dólar diante das principais moedas globais nesta sessão.

Investidores observaram os movimentos da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o debate sobre o quanto e de que forma a nova gestão poderá furar o teto de gastos para garantir o pagamento de benefícios sociais em 2023.

Informações da agência Bloomberg, citando fontes anônimas, apontaram que a equipe de Lula considerará uma abordagem mais conservadora, reduzindo os gastos acima do teto de R$ 175 bilhões para R$ 130 bilhões.

A entrega da PEC da transição, que acomoda os gastos extraordinários, acabou adiada em meio à falta de acordo político no Senado, e agora o governo de transição promete apresentar o texto nesta quarta-feira (16).


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