SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O CEO da Azul, John Rodgerson, revelou na quarta-feira (16) que a companhia aérea brasileira recebe cerca de 4 mil novas ações judiciais na área cível por mês e voltou a protestar sobre os altos custos estruturais praticados no Brasil. A declaração foi feita pelo executivo durante o Fórum de Aviação da Skift, realizado em Dallas (EUA).
"A Azul foi classificada como a companhia aérea mais pontual do Brasil quatro vezes este ano, mas recebemos 4 mil processos cíveis por mês", disse ele, ao exemplificar como a judicialização do setor pode impactar os negócios e, principalmente, os preços das passagens.
"Você pode ter algum juiz aleatório no meio do nada no Brasil, que irá tomar uma decisão (...) Eu sempre brinco que toda mala que perdemos tem um vestido de noiva dentro", acrescentou.
Em entrevista ao site Poder 360, em março de 2020, o executivo já havia dito que a Azul gasta mais de R$ 60 milhões ao ano somente com ações judiciais no Brasil. O valor seria maior que aquele gasto com publicidade e comida de bordo.
"A United tem 3% de seus voos aqui no Brasil. Mas 85% de todas as suas ações judiciais estão no Brasil. Alguma coisa está errada aqui. As pessoas entram na Justiça por danos morais porque o aeroporto fechou, querem algumas coisas a mais. Quem paga essa conta são os outros consumidores. Isso é uma das razões para as tarifas serem mais altas do que devem", ressaltou, na ocasião.
"Isso não é uma coisa boa para o país. Se o Brasil chegar onde está EUA e Europa, iria ajudar muito", concluiu.
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