SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais empresas procuram prédios corporativos de alto padrão para alugar na capital paulista, o que fez o percentual de espaços disponíveis em relação ao total diminuir para 23,2% no terceiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 25,9%.
A melhora, no entanto, ainda reflete a paradeira das construtoras que, diante da retração do mercado, contiveram seus planos de lançamento de novos edifícios corporativos na capital devido à pandemia.
Dados da consultoria JLL, mostram que, no período considerado, a "absorção líquida" [de áreas em escritórios] foi de em 23,2 mil metros quadros ?o equivalente a três campos do estádio do Maracanã.
O indicador, vale lembrar, é a diferença entre as devoluções de espaços e novas ocupações, uma espécie de saldo final. Entre o segundo trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2021, esse indicador ficou negativo. Ou seja: houve mais devoluções do que ocupações de espaço.
Devido ao grande volume de entregas de edifícios na região da Berrini e da Chucri Zaidan, na zona Sul, há maior disponibilidade de escritórios ?337,9 mil metros quadrados, o que torna as negociações muito mais favoráveis para os inquilinos.
Na Faria Lima, ocorre o contrário, porque a taxa de disponibilidade é 5,5%. Ou seja: as condições mais favoráveis estão do lado dos proprietários.
NOVOS EMPREENDIMENTOS
No relatório do terceiro trimestre, a consultoria Newmark ?que monitora o mercado de construção de edifícios corporativos? afirma que a atividade construtiva nas regiões mais procuradas da capital pelas empresas segue em queda.
Essa tendência deve contribuir para uma redução mais rápida da oferta nos próximos meses, caso a demanda continue aquecida ?o que acabará refletindo nos preços.
O estoque no trimestre foi de cerca de 7.000 metros quadrados, levando ao menor acúmulo (novos prédios e os que ainda estavam vagos) de espaço desde 2016.
Apesar do aquecimento na demanda, as consultorias do ramo registraram estabilidade nos preços por metro quadrado. Para a Newmark, está em R$ 88,27 por metro quadrado ao mês. A análise da JLL aponta R$ 89,6, e a Binswanger R$ 92,35.
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