Em um dia marcado por protestos na China e pelo início da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no Senado, o dólar caiu para menos de R$ 5,30, atingindo o menor nível em 20 dias. A bolsa de valores subiu quase 2% e aproximou-se dos 111 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (29) vendido a R$ 5,288, com queda de R$ 0,079 (-1,46%). A cotação operou em queda durante toda a sessão, fechando próxima das mínimas do dia.

A moeda norte-americana chegou ao menor nível desde 9 de novembro (R$ 5,18). A divisa acumula alta de 2,36% em novembro e cai 5,16% em 2022.

O mercado de ações também teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.910 pontos, com alta de 1,96%. O indicador foi puxado por ações de mineradoras, petroleiras e siderúrgicas, que refletiram a expectativa de que o governo chinês pode abrandar a política de tolerância zero contra a covid-19 após os protestos que tomaram conta das principais cidades do país.

As notícias da China beneficiaram principalmente países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil. Isso porque um eventual relaxamento das restrições sociais no país asiático ajudaria a aumentar o consumo de matérias-primas da segunda maior economia do planeta.

O mercado financeiro também reagiu ao início da tramitação da PEC da Transição no Senado, que hoje alcançou as 28 assinaturas mínimas para começar a ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa. O texto atual prevê a exclusão de até R$ 198 bilhões do teto de gastos em caráter definitivo, mas o PT anunciou a disposição de negociar o valor e a extensão da retirada, o que aumentou a expectativa de que o impacto fique menor que o inicialmente pedido.

*Com informações da Reuters

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China | covid-19 | Dólar | Economia | Mercado Financeiro


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